terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sinaléticas & afins

Dizem-nos que o centro da cidade passou a dispor de um conjunto de sinaléticas, para incentivar as compras no comércio tradicional. É engraçada esta reinvenção da Administração do condomínio, até porque traz à colação outro debate de importãncia primordial para os condóminos: a desertificação do Pelourinho, i.e., a deslocação, ao longo da vigência do pintismo estrutural, do centro da cidade para a periferia. Lá iremos um destes dias.

Para já atentemos à facilidade com que o dr pinto debita estas medidas ao jeito d'um brinde da farinha Amparo, tão natural e seguro como a tranquila sucessão dos dias, parecendo ter-se evadido para sempre da Covilhã real. Tudo não passa afinal, de mais uma tentativa eleitoralista de catalogar a cores, um centro da cidade, que anda há muito a preto e branco e infinitamente desertificado, aprisionado em imagens publicitárias ou em improdutivos slogans de outdoors. Mas o momento presta-se a mais uma campanha com aquele notável dom, que lhe permite multiplicar as palavras, em longas e aparentemente sensatas efabulações sobre o destino do comércio tradicional covilhaneinse. Haverá sempre um basbaque, ou dois, que ainda acreditam em fábulas. Como se o centro do condomínio não estivesse repleto de frases destas, em que uma ideia se perde a caminho da seguinte. E já lá vão doze anos. É muito teimpo para continuar a ludibriar os indígenas. Já ficou provado que o futuro do pelourinho e zona envolvente, não passa pelas suas certezas iluminadas. O pior é que o sô presideinte supõe-se com direito a formular opiniões sobre o espaço colectivo, sem mais esforço do que o de um olhar umbiguista. Até quando teremos que levar com esta espécie de ser bidimensional, habitante de um mundo onde só existe largura e comprimento? Sabemos que o Homem tem uma incomparável destreza no uso de uma ferramenta: o pequeno poder, mas a recusa, ou incapacidade, de apreender a complexidade de um condomínio como o da Covilhã é cada vez mais evidente. Doze anos é muito teimpo.

6 comentários:

Anónimo disse...

Tá descansado que ninguém te rouba o título de maior basbaque saloio armado em analista em circulação anónima no condominio.

Anónimo disse...

"Doze anos é muito teimpo".

moreira disse...

primeiro acabaram com o comercio tradicional e com o pelourinho agora andam a por placards.
São uns comicos!!! hihihihihihih!
Quem paga ? quem é ?

Anónimo disse...

A próxima sinalética é para aluguer de bengalinhas e chá com biscoitos!

A Covilhã cheira a duas coisas:
1ª - CORRUPÇÃO
2ª - Geriatria

Anónimo disse...

Tansos http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=34728&op=all acreditam em tudo o que lhes dizem. À custa de quê? O bom senso recomendava que Carlos Pinto estivesse calado. Mas não. Diz barbaridades e são poucos os que questionam. Um dia, a verdade virá ao de cima , mas será tarde demais. Tal como nas inspecções da IGAT que, na prática, não passam de pseudo inspecções - porque não dão em nada - também a verdade do parkurbis será como o azeite vindo à tona quando os responsáveis pelo descalabro já tiveram mudado de poleiro. Triste sina a nossa....

MANEL disse...

Tenho grande dificuldade em perceber como os comerciantes e os outros interessados no pelourinho aceitama passivamente toda esta palhaçada do pinto.