sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dramas na UBI

Quem observar o ambiente festivo dos alunos da UBI, pelas ruas da Covilhã, não imagina o drama que alguns deles carregam no dia-a-dia:

Bruno (nome fictício) desmaiou a meio de uma praxe. Quando acordou, os colegas perceberam porquê: não comia há dois dias.











Sem coragem para pedir mais dinheiro aos pais, Bruno está a viver da ajuda dos colegas, que lhe pagam as refeições na cantina da Universidade da Beira Interior (UBI).
No caso de Leonor: os cêntimos são contados um a um e os pais nem sabem as dificuldades que passa para comer.

A edição d'hoje do jornal Sol, traz estes e outros casos narrados na primeira pessoa, de estudantes que vivem em casas de banho, e que sobrevivem para tirar um curso superior.

6 comentários:

Rui Peixeiro disse...

Infelizmente isso sempre foi acontecendo, mas só agora com a "crise" é que se lembram de dar atenção a este tema.

Os serviços sociais do ensino superior existe e pelo que vi no meu tempo de estudante, vai sendo minimamente justo e adequado, mas falha e muito pelos atrasos e lentidão de todo o processo. Desde que um aluno entra até ver aprovado o apoio social e receber a primeira mensalidade, chegam a passar meses, e nem sempre os pais têm suporte financeiro para aguentar um filho a estudar fora dois ou três meses...

Depois, há durante todo o ano muitos atrasos nos pagamentos, chegam a acumular dois meses e esquecem-se que vários alunos não têm outra forma de sobreviver.
Tive contacto com um caso de duas irmãs, órfãs que viviam com uns tios que não podiam pagar estudos superiores. Graças ao serviço social conseguiram fazer as licenciaturas, mas nos meses em que se atrasavam com os pagamentos, tinham de ser ajudadas pelos namorados para poderem comer.
Mesmo tendo conhecimento do caso e dizerem que compreendiam, os serviços sociais recusavam os pedidos de adiantamento da bolsa, mesmo quando os pedidos eram feitos já depois da data em que deveriam ter recebido.

E como este, há muitos casos, basta morar ou conhecer quem esteja numa residência académica para ver a dificuldade de muitos em gerir o orçamento sem nunca saber se o próximo subsidio vem ou não a tempo.


Há que divulgar este problema e não o deixar cair no esquecimento. Se tanto apregoam que o ensino é para todos, então que o seja mesmo e que não se esqueçam da minoria que precisa mesmo do apoio do estado.

bolseiro disse...

É estranho que as residencias academicas não tenham os quartos ocupados.
alguma coisa está a funcionar mal nesta história. Isto é uma vergonha nacional que se paasa em todas as universidades, mas que está a ser ampliada na UBI.
Muito estranho mesmo.

Anónimo disse...

sendo verdade, o que se está a passar com estes alunos da UBI, só pergunto, o que andam a associação de estudantes e os serviços sociais a fazer? E mais, havendo certeza que há estudantes que recebem bolsas indevidas, porque não são denunciados? têm medo de quê?

Anónimo disse...

Embora não duvide da veracidade da noticia, acho estranho que os interessados não vão aos locais proprios! Tanto quanto sei nem a AAUBI nem os SASUBI nunca negaram ajuda! Parece-me que há algumas pessoas em busca de protagonismo, deixando a UBI e a Covilhã ficar mal! Só falta a TVI e já agora, talvez, filmar as noites destes estudantes!! Há excepções, mas não me parece que haja necessidade deste circo!

Anónimo disse...

Tudo isto não passa de alarme social.Casos destes sempre existiram com e sem crise. A UBI não é excepção,infelizmente acontecem situações destas também aqui na Guarda no politecnico,

David Caetano disse...

Inacreditável...