Continuidade

Só tiro partido da bola com aquela pontinha de treinador de sofá que existe em cada um de nós. Por vezes (não muitas) desloco-me ao complexo desportivo para assistir aos jogos do meu clube do coração, o SCC. Enfim, pecadilhos quem os não tem. Interrogo-me, isso sim, sobre a qualidade do futebol praticado pela equipa orientada por João Pinto, que chega mesmo a meter dó nos jogos realizados em casa com apenas, um ou dois jogadores, capazes de fazer três passes seguidos sem entregar a bola ao adversário.
Na época passada houve três mudanças de treinador, ao que se adicionou um rol de problemas de indisciplina mal resolvidos com os jogadores. Uma dinâmica perpetrada pelo mesmo do costume: o presideinte do clube que, certamente, por incapacidade ou falta de visão estratégica, continua a acreditar na providência divina. O resultado ficou bem à vista: os treinadores não vieram acrescentar nada e os novos reforços também não, continuando o clube à deriva e à beira da descida de divisão, enquanto espalhava mediocridade pelos relvados da antiga liga Vitalis. Estaria, então, na altura de mudar de presideinte, um tal dr Meindes?
Os sócios já deram a resposta. Não. Tem por isso o que merecem.