vade retro...sunt mala quae libas… ipse venena bibas…boas melhoras…

Uma criatura estranha, regressada das trevas digitais, recolheu-se nas urgências, por alegada indisposição provocada pela rejeição da obrigação de quarentena, imposta a criaturas de espírito malévolo despojadas do poder medieval que creem ter apossado.

A criatura em evidente estado de descompensação, de pernas e neurónios inquietos, manifestando sintomas de autofobia com transtorno de personalidade borderline, acabou por fazer entrar o cavalo que o transportava, ficando-se na porta magicando no potencial do episódio.

Confrontado com o numero de humanos, realmente doentes, revoltado com a pulseira amarela, que lhe havia sido atribuída, em nada condizente com a negra pretendida, acabou por desistir da urgência, dando-se conta que o seu real estado não justificava uma intervenção urgente, antes a recolha para descanso e dissertação entre as trevas digitais e o ódio que o destrói e ameaça fazer destruir um povo que acusa de o despojar de um poder, que considera de direito próprio privativo.

É de assinalar que a manobra quando publicada acabou por registar a habitual onda de comiseração, compaixão e piedade dos mais absurdos surtos nas redes sociais, aos quais aderem as mais estranhas e distantes criaturas, especialmente tocadas pelo amor odioso ao hospital e de quem lá trabalha.

Vade retro...Sunt mala quae libas… Ipse venena bibas…boas melhoras…