sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Moral d'uma estória

Depois veio o coelhinho e ... foi assim que surgiram os ovos da Páscoa


Nota: Qualquer extrapolação desta imagem para o desfecho do caso Chicken Charles, é absolutamente lamentável.

(ridendo castigat mores)

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O mapa

Os dados referidos neste mapa do observatório permanente da justiça portuguesa, dizem-nos que 18 por cento das comarcas recebem entre 2.000 e 4.000 processos por ano; onde se inclui, entre outros, o tribunal da Covilhã.
No entanto, dados mais recentes apontam para "7.260 processos pendentes no Tribunal Judicial da Covilhã dos quais 5.990 deram entrada no ano passado. No Tribunal do Fundão, há cerca de 2.000 processos pendentes. Em ambos os tribunais os processos crime e cíveis equivalem-se. Se se somarem os números do Tribunal de Trabalho da Covilhã, o total chega a cerca de 10 mil processos."
Ora, se aquilo que está em causa é a extinção e criação de tribunais, em função do número de processos e da realidade demográfica actual, então, perante os números, como pode alguém justificar a sua transferência para Castelo Branco?

Neste momento, há uma tentativa para concentrar em Castelo Branco grande parte dos serviços públicos de toda a região, no intuito de dividir o interior ao meio; tem sido verdadeiros jackpots para a capital de distrito. Quem perde, objectivamente, são as populações da Cova da Beira que ficam cada vez mais afastadas dos centros de decisões.
Ainda na semana passada a Segurança Social ofereceu um “Contac Center” com a criação de 200 postos de trabalho directos. Trata-se d’um investimento público. Alguém perguntou porque foi criado em Castelo Branco?

Não vale a pena virem com a história dos fantasmas bairristas, porque para esse peditório já demos. Estamos fartos da superioridade moral da intelligentsia regional, a vislumbrar Kosovos em tudo quanto é defesa dos direitos das populações.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A banhada

À laia de síntese,
o Prós e Contras de Segunda-Feira, foi uma autêntica “banhada”, com as costumeiras tiradas dos tecnocratas do Eduquês; foram raros os momentos em que a Educação esteve no centro do debate: Alunos? Conteúdos? Metodologias? Zero. Ficam prá próxima
Mais uma vez, uma catadupa de discursos, providências cautelares e quejandos, acabaram por branquear o problema da pobreza e da desigualdade de oportunidades na escola, ignoraram os ritmos diferentes de aprendizagem, e passaram uma esponja sobre o problema da exclusão.
O processo que avalia os professores, pode não ser o mais justo e correcto, mas não tem que ser essa, a única razão que os move. Pode até ser legítima a forma corporativa ou não, contra o estado deplorável a que os sucessivos governos fizeram chegar o ensino em Portugal, mas haverá com certeza, mais vida para alem da avaliação.

E que dizer da triste figura do professor revoltado, que aproveitou o tempo para se queixar d’um inspector, junto a uma horda de “profs” que não perdeu a oportunidade de demonstrar o que verdadeiramente os tinha trazido ali. Uma lástima.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Este País não é para os mais novos

As politicas sociais do governo do senhor engenheiro tem dado resultados objectivos.
Ei-los:

(...) Uma em cada cinco crianças estão expostas ao nível de pobreza em Portugal. O alerta parte de um relatório elaborado pela Comissão Europeia.

Portugal é um dos oito países da União Europeia (UE) onde se registam os níveis mais elevados de pobreza nas crianças, nomeadamente nas que vivem com adultos empregados (...)
via expresso online

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Outros abanões

Perdoe-nos o caro leitor mais susceptível, e a Opus Dei da Covilhã, mas temos de continuar com as últimas indicações de como se deve evitar molhar a cueca. prometemos não repetir mais esta caralhice.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Uma abanadela na crise

Deixe lá a crise social que a SEDES inventou e aprenda a sacudi-lo em condições

Figuras chegadas via email de proveniência desconhecida. Supõe-se pretencerem à coutada do macho lusitano.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Das laranjas com acidez

Não é nosso hábito dizer mal, mas hoje apeteceu-nos.

Foi assim que, de visita à blogosfera do burgo covilhanense, demos de chofre com um cromo ladeado pela bandeira de Portugal e do PSD, (que para o nosso homem é exactamente a mesma coisa) junto a um texto alaranjado sobre o seu próprio umbigo.
É bonito de ver. Este indígena escreve como nós gostaríamos de escrever se alguma vez fossemos grandes; ainda pensámos guardar a pérola no caixote das inutilidades, mas era tarde, já tinham feito a recolha de lixo.
Uma página mais abaixo, não podiam faltar os palpites néscios, e patetices tresloucadas numa petição oficiosa que propõe a recandidatura do actual presidente da Câmara, Senhor pinto. Sim senhor, ficámos embasbacados de tão meritória e bajuladora acção de propaganda, apoiada nesta espécie de ignorância promovida a reflexão politica. Mas prontos.
O certo é que com tantos blogues "ilustres" por aí, não cremos que alguém perca tempo a ler os nossos textos por aqui.

As melhoras



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Um olhar para o futuro

  1. A putativa recandidatura do senhor Pinto, à Câmara da Covilhã, faz todo o sentido, e não exige um córtex muito elaborado para atingir uma horda de basbaques, seduzidos pela lábia enganadora do autarca presidente. Mais quatro anos com este Senhor, equivale a dizer, que o mundo de ontem e de hoje, se pareça um bocado com o de amanhã: Um mundo para deixar embevecido qualquer bacorinho, numa espécie de peditório prá doutrina oficial da paróquia. Basta olhar para os modelos de crescimento que espoliaram o espaço público covilhanense; desde o desarranjo urbanistico da Saudade até aos Galinheiros da Anil, tudo em prol da especulação e da cultura do cimento. Olhe-se para a decadência sublime do centro histórico na sua pobreza e miséria humana, repare-se no desemprego e na maior perda de população das cidades da Beira Interior, ou na ausência de uma programação cultural regular, etc.etc.etc...
  2. Em jeito de análise breve, convém não esquecer que, uma das grandes tragédias da vida política covilhanense, prende-se com motivos, pelos quais a oposição do PS, nunca conseguiu cumprir o papel que lhe esteve destinado, quer isto dizer, que foram 20 anos d’uma fantástica colecção de inanidades, e de colaboracionismo larvar com o patrono, até ao eclipse total.
    Não será por acaso, que o costumeiro candidato do PSD, atolado em décadas de arrogância política, seja o exemplo patológico desta igualmente patológica tragédia.
    E que dizer da massa critica da UBI, transformada num completo estado de bovinidade. Por estas e por outras é que não vislumbramos melhorias significativas, num burgo cinzentão, pejado de figurinhas rendidas aos desmandos do inefável Presidente.
    Cá estaremos de tempos a tempos para ver o que sobra dos latidos da piolhada

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A palavra do povo

Do livro "A Medicina na Voz do Povo", de Carlos Barreiro da Costa, retirámos alguma pérolas da linguagem do povo quando vai ao Senhor Doutor. Daquele povo a quem fecharam urgências e outros serviços de saúde.

A ordem das expressóes foi escolhida por nós:

(...)"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza." "A minha pardalona está a mudar de cor." "Fizeram-me um exame que era uma televisão a trabalhar e eu a comer papa." "O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenós (drenos), encheu o pipo e teve que pôr o soma (sonda)." "O meu reumatismo é climático"."É uma dor insepulcrável"."Tenho artroses remodeladas e de densidade forte." "Estou desconfiado que tenho uma hérnia." "A garganta traqueia-me, dá-me aqueles estalinhos e depois fica melhor." "O dente arrecolhia pus, e na altura em que arrecolhia às imidulas, infeccionava-as." "Na voz sinto aquilo tudo embuzinado." "Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, ou o caralho, o nariz não se destapa." "Tenho a língua cheia de áfricas." "Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída." "A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece, com sua licença, espermatozóides." "Tomo um vinho que não me assobe à cabeça." "Senhor Doutor, a minha mulher tem umas almorródias que, com a sua licença, nem dá um peido."(...)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Caluda


Passados dois ou três anos, o caso do blogger Chicken Charles, um tal de anti herói, parece agora chegar ao fim. Contudo, foi com alguma perplexidade, ou talvez não, que assistimos ao hibernar da imprensa regional por baixo d’um perturbador manto de silêncio.
Durante todo este tempo, limitaram-se a divulgar a noticia, saída do forno, sempre com aspecto insonso e não comprometedor, apenas com a garantia pífia de que para o ano haveria mais uma publicaçãozita da audiência, pouco mais. Como é possível que o jornalismo regional esteja entregue a esta gente que não conseguiu, durante dois anos, levantar nem uma leve brisa sobre o caso Chicken Charles.
Tiveram medo de perguntar? Tiveram medo de investigar? Ou estaremos perante moços de recados dos políticos? Não será esta mansidão, uma das marcas da nossa fraca qualidade democrática?
Um caso que adquiriu uma dimensão nacional, e que veio colocar em causa o valor da liberdade de expressão, mas que não mereceu por parte dos pasquins da paróquia, um único trabalho de investigação jornalística; pelo menos, em nome da informação livre, rigorosa, isenta e, acima de tudo, sem manipulações. Sem a qual, dizem, nunca haverá Democracia.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Lá vai outro para C.Branco

“A Segurança Social vai inaugurar um “Contac Center” em Castelo Branco, em instalações disponibilizadas pela Câmara Municipal, e com a criação de 200 postos de trabalho directos.” Correio da Manhã 18 de Fevereiro 2008


Depois do mapa judicial, aí está mais uma machadada, que vem contribuir para o empobrecimento da Covilhã e das suas gentes. Ou seja: a médio prazo o serviço de Segurança Social da Covilhã vai ser transferido quase na totalidade para Castelo Branco. É isso que está a ser negociado entre a capital de distrito e o Governo.

Há muito tempo que assistimos a uma gradual perda de influência politica da Covilhã no contexto regional. Isso deve-se não só à letargia desta Câmara, mas também, a um certo assobiar para o lado, e á perda do exercício de cidadania dos paroquianos. Coisas complicadas, fora do alcance dos autóctones, que jazem no habitual faz-de-conta.
Não estranha por isso, mais uma medida do governo do Senhor Engenheiro, em prol do forte centralismo administrativo na “capital de distrito”: uma regionalização doméstica feita à socapa dos paisanos do norte, cuja inteligência pasta lá por cima, nos montes, à espera do degelo primaveril. Logo, logo, teremos água cristalina para purificar a maralha entretida com casinos e túneis virtuais.

Um dia, quando a Covilhã acordar, já está viver numa espécie de Second Life dos pobres. Por este andar nunca seremos cosmopolitas; pastores para sempre, miseráveis forever, por mais esforço que façamos, por mais que nos afastemos do jugo dos caciques partidários da capital de distrito, nunca passaremos de uma indigente localidade.
Limitemo-nos, então a assistir, com o conforto possível, à passagem das horas, sem esperar nada. Acreditemos na providência divina. Ámen

Pode alguém ser quem não é

O sentido da sátira, Chicken Charles como tenho vindo analisar, inscreve-se num plano de criação livre e representação imaginária, permanecendo ambíguo e dependente de um sistema de interpretações subjectivas e polissémicas, dada a sua natureza ficcional.

Imagine Senhor presidente a astróloga Maya, tantas vezes satirizada, reclamar da sua imagem de abelha insignificante, ou então, o Bispo de Leiria (se é que ainda existe) rever-se na personagem erótico/canalha do Padre Amaro, a lambuzar-se todo na Soraia Chaves. Ridículo? Talvez não. É claro que não há da parte de Vossa Excelência qualquer intenção em confundir o acessório com o essencial, e desse modo, atribuir-lhe uma natureza jurídica. Claro que não. O que existe de facto, é alguma ingenuidade analítica do texto literário (e nesse aspecto Vossa Ex.ª a mais não é obrigado)
Saiba que o mesmo acontece no Contra Informação, ou em qualquer espectáculo de Stand up, Estas coisas não podem dar lugar a verosimilhança e melindre. Já reparou senhor presidente, que Chicken é um personagem que nem sequer foi elevado à categoria de Galo; vive numa Quinta, como a grande maioria dos frangos do campo, ainda por cima considerado um anti-herói. Não me parece que ele esteja à altura de Vossa Exª. Não está não Senhor.
Cá pra mim que sou uma ignorante, tudo isto não passa de uma história fingida, d’um reles Frango no centro de uma teia de relações, na periferia das quais gravitam outros galináceos secundários armados em parvos.

Ermengarda

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Ele anda por aqui

Cique sobre a imagem para a aumentar

Um breve exercicio de observação sobre os figurões, levou-nos a reconhecer, entre outros, uma putativa filha de Putin, e Chicken Charles. Descubra-os caro leitor.


sábado, 16 de fevereiro de 2008

Mete dó

Numa altura em que a melhor maneira de olhar para o "centro histórico" da Covilhã é à distância, para não dar tanta pena; eis que uma reportagem do JF descobre que afinal, há um "Bairro Alto" na Cidade Neve, com uma movida afogada em cerveja pelo meio dos escombros da favela: a visão romântica de uma cidade caprichosa, que gosta de desvendar a sua beleza a certas horas da noite. Eureka. Sem comentários.
A concentração de disparates do jornalismo serviçal é tão abundante, que já não conseguimos distinguir o beato NC, do jurássico e paladino JF.
A sabedoria larvar em jeito de frete ao senhor Pinto é tão descarada, que até dá vontade de rir. Dá sim senhor. Mas mete dó.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Hora do conto

O estudo desta sátira contempla algumas fases distintas, mas complementares, que não vou aprofundar aqui, para lhe poupar o fastio da divagação literária. Tenho até agora utilizado uma linguagem coloquial, por vezes até de uma banalidade confrangedora, de modo a que este estudo fique ao alcance de mentes menos habituadas à hermenêutica. Contudo, à medida que me vou adentrando pela farsa, surge a necessidade, cada vez maior, de uma linguagem mais cuidada, resultante do diálogo que tenho mantido com os especialistas desta área.
Posto isto, e sem mais delongas, passemos ao que interessa.
Em primeiro lugar, na sátira Chicken Charles, assistimos ao fenómeno de identificação de um texto, projectado numa putativa pessoa real, a sua, diz o Senhor presidente, e a transferência para um determinado espaço social, que vossa Ex.ª supõe ser uma qualquer Quinta da paróquia.
É a partir daqui, Senhor presidente, que começa a sua grande dificuldade em entender que, apesar da similitude entre o dualismo escrita/realidade, tudo funciona num plano ficcional, por isso, a criação desse universo imaginário, por onde campeia um Frango e demais galináceos, deve obedecer a uma liberdade total, como acontece, obviamente, em todos os textos de natureza literária.
Vossa Exª vai-me desculpar, mas extrapolar este texto para a vida real é no mínimo absurdo, para não dizer abusivo. Tudo não passa de uma pretensão idiota de inscrever a história de uma ave rara, que ainda por cima tem a mania que os cágados comem alpista, num conjunto de arquétipos, susceptível de atribuir verosimilhança à alusão figurativa.
Por muitas voltas que tentássemos dar ao texto, por muitas metodologias utilizadas, ainda não conseguimos levar ninguém a acreditar que o Senhor presidente, seja de facto, um Frango.
Ermengarda

Da Espera e outras visões

A vitimização política é uma forma de estar ridícula, grande parte das vezes patética e suicida, que nada contribui para o aumento da transparência e da cidadania. Discutam-se os problemas com frontalidade e inteligência, e mobilize-se a participação cívica sem mentiras e Esperas imaginárias em noites de breu. (De fantasmas e calimeros está a Covilhã a transbordar).

Muito tempo em gabinetes e pouco nas ruas, tolhe-vos a lucidez senhores.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Quando o idealismo foi traído pelo poder

A análise das personagens da farsa Chicken Charles não tem sido fácil, devido à parca profundidade psicológica que apresentam.
Uma coisa é certa, só para lhe dar uma ideia, a estética realista privilegia o esquematismo das personagens no espaço rural a que vossa Exª diz também pertencer. Embora haja quem afirme por aí, que um dos pecados capitais do Senhor presidente, foi ter-se rodeado de figuras urbanas, qual Conselheiro Barreiros, que parecem fugir da inteligência como a gordura do Fairy*. Mas prontos.
Prosseguindo a análise estrutural de algumas personagens alegóricas, direi mesmo, que funcionam ao contrário das personagens orwellianas, do Triunfo dos Porcos** que como bem sabe, trata da “revolução entre os animais de uma Quinta e o modo como o idealismo foi traído pelo poder, pela corrupção e pela mentira”, em nada semelhante, é claro, à sátira Chicken Charles. Nada mesmo. A não ser naqueles pequenos defeitos e máculas que tão bem caracterizam o Frango português: coisas somenos em que qualquer alteraçãozita d’um plano, ou d’um pormenor, podem fazer toda a diferença, como por exemplo: ir à urgência de Alijó e ser transferido pelos bombeiros de Freamunde, com treino de suporte avançado de vida. São outras histórias.
Mas não vamos por aí. Até porque esta investigação pretende ser uma coisa séria. Muito séria. Não quero cometer o mesmo erro que já havia cometido com o estudo acerca de RaskalniKov, personagem de Crime e Castigo*** (como vossa Exª deve saber).
Pois é, andei tanto tempo a chatear-lhe os cornos, que acabou por matar uma velha usurária. Não senhor; não vou por aí.

* Detergente prá loiça
** DVD baseado no livro de George Orwell
*** Obra de Dostoievski em formato papel

Ermengarda

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Obviamente...

O melhor é considerarmos que a Liberdade está sempre em perigo, é sempre preciso lutar por ela, não vale a pena pensar que se pode descansar, o perigo vem de todas as direcções. Hoje, ainda há quem tente repetir o passado, ou melhor, ainda há quem tente reinventar o passado no presente.
Humberto Delgado foi assassinado há 43 anos pela PIDE. A frase que o tornou célebre, continua, ainda hoje, intemporal: obviamente, demito-o.

Quem é este Frango?

Tenho para mim que a análise desta sátira, não será propriamente um tema que vos agrade, Senhor Presidente, eu sei; já que o vosso refinado gosto se inclina mais para o Bailado, que é como quem diz prá música do Tony: uma arte nobre que doutrina os indígenas em melodias de embalar. Velhos truques erigidos em torno da frangalhada ignorante. Como eu vos compreendo.
Saiba que nesse aspecto até concordo consigo, esta choldra não merece melhor, (ainda há para aí quem confunda a Carmina Burana com uma senhora). É verdade.
Mas não nos desviemos do essencial.

A questão é simples; trata-se apenas de saber quem é este Frango bloguista armado em ventríloquo do presidente da câmara. Que milho andou ele a espalhar pelos quintais da paróquia. Seria do género transgénico?
Dito por outras palavras: em que plano narrativo, ou em que contexto ideológico e histórico, se poderão integrar os devaneios de Chicken Charles; de que modo lhe afectaram o miolo, sabendo nós à partida que Marx morreu e Lenine também.
Por outro lado, estaremos de facto, perante uma personagem com dupla personalidade? Ou não? Terá o Frango durante a adolescência sofrido de Complexo de Édipo compulsivo, e num momento de desespero ter saltado para cima da mãe? Bom. Se assim foi, terei de fazer uma incursão por Hamlet * e pelos seus doentios ciúmes maternos. Espero não ter de alongar tanto a investigação. Embora me pareça mais aceitável o drama shakespeariano, do que a penetração freudiana num Frango lírico/fodilhão. D’isso não tenho a menor dúvida.
Mas prontos, prometo ser tão breve na análise, quanto profunda no discernimento. Quem sabe, até vos possa surpreender, e sacar um subsidiozito para uma Biografia não autorizada. Quem sabe.
São questões importantes que ficam suspensas, e que procurarei desvendar através deste estudo.
* Personagem edipiana de William Shakespear
Ermengarda

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Centralizar para racionalizar: uma ideia inteligente

Assim á primeira olhadela pode parecer o doutoramento Honoris Causa de Chicken Charles, mas não.

O que me trouxe aqui e agora, foi a ideia peregrina do ministro Gago, que continua a insistir em encerrar cursos com menos de 20 alunos, por isso vai celebrar contratos de saneamento financeiro com quatro universidades, nas quais ainda não se inclui a UBI.
Se a lógica economicista passa pela racionalização de meios e recursos, então já é tempo do senhor ministro ter uma ideia inteligente, ou seja: a coragem politica de centralizar na UBI os cursos que funcionam nos politécnicos da Guarda e Castelo Branco, em áreas como as engenharias, gestão e saúde, com elevados custos para o erário público e sem qualquer racionalização pedagógica. O senhor ministro também sabe, que não faz sentido reproduzir cursos em locais que distam 20 minutos uns dos outros, e que não trazem mais valias significativas para o país e para a região.

Então, está na hora do senhor ministro Gago, concentrar meios e recursos na Universidade da Covilhã, onde existem condições físicas e cientificas para o seu desenvolvimento, em vez de os dispersar pelos politécnicos, cujo modelo de funcionamento devia estar exclusivamente centrado na formação profissional; até porque foi para isso que foram criados.

Tonho


Se não houver inconveniente...

Sei que Vossa Exª, tem andado consumido no enfado desse julgamento sem fim. Contudo, gostaria de deixar bem claro que, em relação a esta sátira que se vai eternizando pela Domus iustitiae, não me rala nada a sentença final, se a houver, nem os juízos morais e éticos que lhe estão subjacentes. Deus me livre. Já os antigos diziam que estas merdas quando dão nas Galinhas, nascem quase sempre os Pintos carecas. Aliás, pelo andar da carruagem, o mais certo será vossa Exª ser perseguido o resto dos seus dias por um fantasma com asas. Estou cada vez mais convencida que este Chicken é um desses frangos que faz campanhas de destruição de carácter por conveniência das forças do Além. Pode crer.
Perguntará Vossa Exª: forças do além? Quais?
Isso é o que vamos tentar saber mais adiante. Ou talvez não.
Reitero mais uma vez, que apenas me interessa a análise teórica e ontológica da sátira Chicken Charles, tendo por exclusivo objecto de estudo, um Frango que não sendo da Guia, se quis fazer passar pelo Presidente da Câmara, e o contrário também parece ser verdade; o resto, são especulações abusivas dessa canalha dos blogues que se reproduzem como vírus no galinheiro; autênticos podengos ferrados nas canelas de gente de bem.
Este será uma espécie de estudo niilista em busca de qualquer coisa. Só isso, Senhor Presidente. (Se não houver inconveniente, é claro).

Ermengarda

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Estudo analítico acerca de um frango chamado Chicken

Senhor presidente,

Durante os próximos dias, proponho-me desenvolver em jeito de uma tese de mestrado à Bolonhesa, um breve estudo interpretativo, onde tentarei dissecar até às entranhas, o frango Chicken, (perdoar-me-á a redundância), com o bisturi da liberdade de expressão, termo que nos é caro, a nós, democratas da capoeira, mas com o qual, o senhor presidente teve sempre grande dificuldade em lidar. Apesar de se tratar d’um exercício semi-académico, evitarei, por um lado, expressões impróprias do género: retórica da depreciação irónica, ou efeito perverso e ancoragem no real; e por outro: o frango é fodido, ou, chicken deixa de bicar na franga. Tudo em prol de um estudo transparente e sério.

Estou certa de que terei em Vossa Exº um interlocutor privilegiado da prosa que por aqui hei-de botar.

Por agora é tudo, vou ver o Sporting – Marítimo pra ver se adormeço.

A mestranda

Ermengarda

O regresso do herói anti Charles

Na paróquia nada de novo. Os dias tem passado, lentos, iguais a todos os dias. O exercício da cidadania vai-se consumindo em inanidades costumeiras. Não se passa nada. Do Carnaval restou apenas o silêncio.

Nas arcadas do pelourinho, lá estão como sempre, numa luta constante contra o tédio, as brigadas do reumático; essa espécie de paisano covilhanense a gozar o merecido pousio, amanhado em cadeiras acorrentadas enquanto cospe piropos alarves pró ar.
Tem sido assim, os últimos tempos cá pelo burgo, mas algo nos diz que tudo isto vai mudar.

Chicken Charles, está de volta. É verdade
Para quem ainda não sabe, trata-se de uma saga d'um Frango maledicente, contra um Presidente da Câmara que diz ter o nome do Frango. A não perder em próximas edições.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Em nome dos fios

8 de Fevereiro de 2008, favela de S. Martinho na Covilhã.

O terceiro-mundismo reproduzido por cabos elétricos, num poste que tem sido pau pra toda a obra.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Cretinices de um patrão

Registamos a argumentação abjecta de um dirigente da CIP, cujo nome não queremos recordar:

“Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente – porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho – deve poder ser despedido por justa causa”.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Seca tudo pá...

Diz o Ministro Gago que 200 licenciaturas universitárias (quase todas no interior do país) devem desaparecer do ensino superior público por terem menos de 20 alunos. Quem fala assim é Gago. Tudo isto é triste, tudo é isto é Gago.
Fechem tudo: Universidades, Politécnicos, Escolas do primeiro ciclo, Tribunais, Urgências, Maternidades.

Transfiram as universidades do interior para o pavilhão Atlântico, ou então para Loures, Sintra, Moscavide, sempre tem mais gentios que grande parte dos “distritos” do interior. E depois poupavam-se mais uns tostões para indemnizar uns reformadozitos da banca, ou de uma empresa pública. Encerrem tudo e depressa. Por aqui, já falta pouco para ficarmos ao nível do Burundi.

Estamos entregues à bicharada. Mas o pior é que ninguém adverte para este apagamento paulatino à pala de pseudo reformas, que nos vão convertendo numa espécie de refugiados.
O objectivo é claro: construir no interior do país, cidadãos sem recursos, irresponsáveis, imaturos intelectualmente, e sem destreza para afrontar a crueldade da vida sócio-laboral; uma politica economicista que transforma o indígena em número num país de risco ao meio.
Não existem amortecedores para a queda que aí vem.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

outros carnavais

Desconte-se a banalidade costumeira para diversão dos aborígenes... e do Carnaval da Covilhã resta apenas humidade para contentamento dos foliões.

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem...
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Covilhã, hoje és nevoeiro.
É a Hora!.

Nota: Desculpa Fernando, pela mutilação do poema.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Quando for grande também quero ser ENG.

Dizem que foi o Senhor Engenheiro José, que assinou o projecto d’esta maison em Valhelhas. E daí? Não se esqueçam que estávamos na década de 80, uma altura em que a estética privilegiava as Casas-de-Banho voltadas para o exterior.
Se derem uma volta pelo concelho da Covilhã, vão reparar como está pejado destas bostas, por tudo quanto é lugarejo.


Lembre-se, no entanto, caro leitor, que há sempre quem faça pior, muito pior que o Senhor Engenheiro José :


Quando o tecto é o limite, ou a maneira mais fácil de partir os cornos
Viagem ao interior da Terra

Cheguem pra lá a puta da estrada

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Notícias do túmulo


Do poeta Luis de Vaz de Camões recebemos através do E-mail, algumas emendas em duas estrofes situadas no canto IV:

Por terras desde há muito abandonadas
Chegam no Público novas merdas gloriosas
Daqueles feitos, entre a Covilhã e a Guarda
Dizem que Obras alheias foram assinadas
E que ao passarem para além do concelho
Fora a engenharia ilícita edificada
Dos que hoje e outrora foram omitindo
A Lisura, a Hombridade, as Virtudes valerosas
A Sonae e outras corporações foram destroçando;
E aqueles, que assinam bosta em jornais
E projectos por obras viciosas
Se vão da lei do respeito libertando;
Sobranceiro, entre os cromos, e engenheiros por cenário,
Cantarei, se a tanto me ajudar o engenho sanitário.


Nota: as alterações ao nível da estrutura externa do poema são da exclusiva responsabilidade do Luis Vaz