Depois veio o coelhinho e ... foi assim que surgiram os ovos da Páscoa
Nota: Qualquer extrapolação desta imagem para o desfecho do caso Chicken Charles, é absolutamente lamentável.
(ridendo castigat mores)
Depois veio o coelhinho e ... foi assim que surgiram os ovos da Páscoa
Nota: Qualquer extrapolação desta imagem para o desfecho do caso Chicken Charles, é absolutamente lamentável.
(ridendo castigat mores)
(...) Uma em cada cinco crianças estão expostas ao nível de pobreza em Portugal. O alerta parte de um relatório elaborado pela Comissão Europeia.
Perdoe-nos o caro leitor mais susceptível, e a Opus Dei da Covilhã, mas temos de continuar com as últimas indicações de como se deve evitar molhar a cueca. prometemos não repetir mais esta caralhice.
Figuras chegadas via email de proveniência desconhecida. Supõe-se pretencerem à coutada do macho lusitano.
As melhoras
Do livro "A Medicina na Voz do Povo", de Carlos Barreiro da Costa, retirámos alguma pérolas da linguagem do povo quando vai ao Senhor Doutor. Daquele povo a quem fecharam urgências e outros serviços de saúde.
A ordem das expressóes foi escolhida por nós:
(...)"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza." "A minha pardalona está a mudar de cor." "Fizeram-me um exame que era uma televisão a trabalhar e eu a comer papa." "O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenós (drenos), encheu o pipo e teve que pôr o soma (sonda)." "O meu reumatismo é climático"."É uma dor insepulcrável"."Tenho artroses remodeladas e de densidade forte." "Estou desconfiado que tenho uma hérnia." "A garganta traqueia-me, dá-me aqueles estalinhos e depois fica melhor." "O dente arrecolhia pus, e na altura em que arrecolhia às imidulas, infeccionava-as." "Na voz sinto aquilo tudo embuzinado." "Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, ou o caralho, o nariz não se destapa." "Tenho a língua cheia de áfricas." "Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída." "A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece, com sua licença, espermatozóides." "Tomo um vinho que não me assobe à cabeça." "Senhor Doutor, a minha mulher tem umas almorródias que, com a sua licença, nem dá um peido."(...)
“A Segurança Social vai inaugurar um “Contac Center” em Castelo Branco, em instalações disponibilizadas pela Câmara Municipal, e com a criação de 200 postos de trabalho directos.” Correio da Manhã 18 de Fevereiro 2008
Depois do mapa judicial, aí está mais uma machadada, que vem contribuir para o empobrecimento da Covilhã e das suas gentes. Ou seja: a médio prazo o serviço de Segurança Social da Covilhã vai ser transferido quase na totalidade para Castelo Branco. É isso que está a ser negociado entre a capital de distrito e o Governo.
Há muito tempo que assistimos a uma gradual perda de influência politica da Covilhã no contexto regional. Isso deve-se não só à letargia desta Câmara, mas também, a um certo assobiar para o lado, e á perda do exercício de cidadania dos paroquianos. Coisas complicadas, fora do alcance dos autóctones, que jazem no habitual faz-de-conta.
Não estranha por isso, mais uma medida do governo do Senhor Engenheiro, em prol do forte centralismo administrativo na “capital de distrito”: uma regionalização doméstica feita à socapa dos paisanos do norte, cuja inteligência pasta lá por cima, nos montes, à espera do degelo primaveril. Logo, logo, teremos água cristalina para purificar a maralha entretida com casinos e túneis virtuais.
Um dia, quando a Covilhã acordar, já está viver numa espécie de Second Life dos pobres. Por este andar nunca seremos cosmopolitas; pastores para sempre, miseráveis forever, por mais esforço que façamos, por mais que nos afastemos do jugo dos caciques partidários da capital de distrito, nunca passaremos de uma indigente localidade.
Limitemo-nos, então a assistir, com o conforto possível, à passagem das horas, sem esperar nada. Acreditemos na providência divina. Ámen
O sentido da sátira, Chicken Charles como tenho vindo analisar, inscreve-se num plano de criação livre e representação imaginária, permanecendo ambíguo e dependente de um sistema de interpretações subjectivas e polissémicas, dada a sua natureza ficcional.
Imagine Senhor presidente a astróloga Maya, tantas vezes satirizada, reclamar da sua imagem de abelha insignificante, ou então, o Bispo de Leiria (se é que ainda existe) rever-se na personagem erótico/canalha do Padre Amaro, a lambuzar-se todo na Soraia Chaves. Ridículo? Talvez não. É claro que não há da parte de Vossa Excelência qualquer intenção em confundir o acessório com o essencial, e desse modo, atribuir-lhe uma natureza jurídica. Claro que não. O que existe de facto, é alguma ingenuidade analítica do texto literário (e nesse aspecto Vossa Ex.ª a mais não é obrigado)
Saiba que o mesmo acontece no Contra Informação, ou em qualquer espectáculo de Stand up, Estas coisas não podem dar lugar a verosimilhança e melindre. Já reparou senhor presidente, que Chicken é um personagem que nem sequer foi elevado à categoria de Galo; vive numa Quinta, como a grande maioria dos frangos do campo, ainda por cima considerado um anti-herói. Não me parece que ele esteja à altura de Vossa Exª. Não está não Senhor.
Cá pra mim que sou uma ignorante, tudo isto não passa de uma história fingida, d’um reles Frango no centro de uma teia de relações, na periferia das quais gravitam outros galináceos secundários armados em parvos.
Ermengarda
A análise das personagens da farsa Chicken Charles não tem sido fácil, devido à parca profundidade psicológica que apresentam.
Uma coisa é certa, só para lhe dar uma ideia, a estética realista privilegia o esquematismo das personagens no espaço rural a que vossa Exª diz também pertencer. Embora haja quem afirme por aí, que um dos pecados capitais do Senhor presidente, foi ter-se rodeado de figuras urbanas, qual Conselheiro Barreiros, que parecem fugir da inteligência como a gordura do Fairy*. Mas prontos.
Prosseguindo a análise estrutural de algumas personagens alegóricas, direi mesmo, que funcionam ao contrário das personagens orwellianas, do Triunfo dos Porcos** que como bem sabe, trata da “revolução entre os animais de uma Quinta e o modo como o idealismo foi traído pelo poder, pela corrupção e pela mentira”, em nada semelhante, é claro, à sátira Chicken Charles. Nada mesmo. A não ser naqueles pequenos defeitos e máculas que tão bem caracterizam o Frango português: coisas somenos em que qualquer alteraçãozita d’um plano, ou d’um pormenor, podem fazer toda a diferença, como por exemplo: ir à urgência de Alijó e ser transferido pelos bombeiros de Freamunde, com treino de suporte avançado de vida. São outras histórias.
Mas não vamos por aí. Até porque esta investigação pretende ser uma coisa séria. Muito séria. Não quero cometer o mesmo erro que já havia cometido com o estudo acerca de RaskalniKov, personagem de Crime e Castigo*** (como vossa Exª deve saber).
Pois é, andei tanto tempo a chatear-lhe os cornos, que acabou por matar uma velha usurária. Não senhor; não vou por aí.
* Detergente prá loiça
** DVD baseado no livro de George Orwell
*** Obra de Dostoievski em formato papel
Ermengarda
O melhor é considerarmos que a Liberdade está sempre em perigo, é sempre preciso lutar por ela, não vale a pena pensar que se pode descansar, o perigo vem de todas as direcções. Hoje, ainda há quem tente repetir o passado, ou melhor, ainda há quem tente reinventar o passado no presente.
Humberto Delgado foi assassinado há 43 anos pela PIDE. A frase que o tornou célebre, continua, ainda hoje, intemporal: obviamente, demito-o.
Assim á primeira olhadela pode parecer o doutoramento Honoris Causa de Chicken Charles, mas não.
O que me trouxe aqui e agora, foi a ideia peregrina do ministro Gago, que continua a insistir em encerrar cursos com menos de 20 alunos, por isso vai celebrar contratos de saneamento financeiro com quatro universidades, nas quais ainda não se inclui a UBI.
Se a lógica economicista passa pela racionalização de meios e recursos, então já é tempo do senhor ministro ter uma ideia inteligente, ou seja: a coragem politica de centralizar na UBI os cursos que funcionam nos politécnicos da Guarda e Castelo Branco, em áreas como as engenharias, gestão e saúde, com elevados custos para o erário público e sem qualquer racionalização pedagógica. O senhor ministro também sabe, que não faz sentido reproduzir cursos em locais que distam 20 minutos uns dos outros, e que não trazem mais valias significativas para o país e para a região.
Então, está na hora do senhor ministro Gago, concentrar meios e recursos na Universidade da Covilhã, onde existem condições físicas e cientificas para o seu desenvolvimento, em vez de os dispersar pelos politécnicos, cujo modelo de funcionamento devia estar exclusivamente centrado na formação profissional; até porque foi para isso que foram criados.
Tonho
Sei que Vossa Exª, tem andado consumido no enfado desse julgamento sem fim. Contudo, gostaria de deixar bem claro que, em relação a esta sátira que se vai eternizando pela Domus iustitiae, não me rala nada a sentença final, se a houver, nem os juízos morais e éticos que lhe estão subjacentes. Deus me livre. Já os antigos diziam que estas merdas quando dão nas Galinhas, nascem quase sempre os Pintos carecas. Aliás, pelo andar da carruagem, o mais certo será vossa Exª ser perseguido o resto dos seus dias por um fantasma com asas. Estou cada vez mais convencida que este Chicken é um desses frangos que faz campanhas de destruição de carácter por conveniência das forças do Além. Pode crer.
Perguntará Vossa Exª: forças do além? Quais?
Isso é o que vamos tentar saber mais adiante. Ou talvez não.
Reitero mais uma vez, que apenas me interessa a análise teórica e ontológica da sátira Chicken Charles, tendo por exclusivo objecto de estudo, um Frango que não sendo da Guia, se quis fazer passar pelo Presidente da Câmara, e o contrário também parece ser verdade; o resto, são especulações abusivas dessa canalha dos blogues que se reproduzem como vírus no galinheiro; autênticos podengos ferrados nas canelas de gente de bem.
Este será uma espécie de estudo niilista em busca de qualquer coisa. Só isso, Senhor Presidente. (Se não houver inconveniente, é claro).
Na paróquia nada de novo. Os dias tem passado, lentos, iguais a todos os dias. O exercício da cidadania vai-se consumindo em inanidades costumeiras. Não se passa nada. Do Carnaval restou apenas o silêncio.
8 de Fevereiro de 2008, favela de S. Martinho na Covilhã.
O terceiro-mundismo reproduzido por cabos elétricos, num poste que tem sido pau pra toda a obra.
Registamos a argumentação abjecta de um dirigente da CIP, cujo nome não queremos recordar:
“Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente – porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho – deve poder ser despedido por justa causa”.
Diz o Ministro Gago que 200 licenciaturas universitárias (quase todas no interior do país) devem desaparecer do ensino superior público por terem menos de 20 alunos. Quem fala assim é Gago. Tudo isto é triste, tudo é isto é Gago.
Fechem tudo: Universidades, Politécnicos, Escolas do primeiro ciclo, Tribunais, Urgências, Maternidades.
Transfiram as universidades do interior para o pavilhão Atlântico, ou então para Loures, Sintra, Moscavide, sempre tem mais gentios que grande parte dos “distritos” do interior. E depois poupavam-se mais uns tostões para indemnizar uns reformadozitos da banca, ou de uma empresa pública. Encerrem tudo e depressa. Por aqui, já falta pouco para ficarmos ao nível do Burundi.
Estamos entregues à bicharada. Mas o pior é que ninguém adverte para este apagamento paulatino à pala de pseudo reformas, que nos vão convertendo numa espécie de refugiados.
O objectivo é claro: construir no interior do país, cidadãos sem recursos, irresponsáveis, imaturos intelectualmente, e sem destreza para afrontar a crueldade da vida sócio-laboral; uma politica economicista que transforma o indígena em número num país de risco ao meio.
Não existem amortecedores para a queda que aí vem.
Lembre-se, no entanto, caro leitor, que há sempre quem faça pior, muito pior que o Senhor Engenheiro José :