segunda-feira, 31 de agosto de 2009

... E as promessas por cumprir?

Numa altura de prestar contas aos covilhaneinses sobre os gastos em obras sumptuárias de utilidade duvidosa, e depois de ter prometido outras que nunca chegou a realizar, o dr pinto que, provavelmente, se imagina um predestinado, continua a alimentar o provinciano mito da infalibilidade e a repetir slogans de circunstância em forma de novidade eleitoral.
É extraordinário o convite que dirigiu a todos os cidadãos, mesmo aos que não votam nele, em mais um dos seus momentos “evolutivos” de vacuidade ZEN.
Diz o sô presideinte em sede de campanha:
“Venham aqui interrogar-nos sobre o que fizemos e o que pretendemos fazer nos próximos quatro anos”

Está bem ó sô presideinte, nós sabemos que os crentes adoram estas manifestações e aparições niilistas que conduzem ao vazio, mais os seus cálculos proféticos, e outros estudos de fenómenos esotéricos que resultaram em zero.
Mas então, diga-nos lá: as promessas que debitou ao longo de doze anos de governança, não foram pra levar a sério ?
Segue-se, mais uma vez, a lista de promessas-5-estrelas, que é como quem diz de aldrabices.

Outras mudanças

Há uma certa tendência nos outdoors do condomínio, para tentar fazer passar slogans por ideias. No caso deste cartaz, não sabemos ao certo, se o ciclo de mudança a que se refere o humilde servidor Pereira, tem a ver com facelift ou lipo-aspiração. Nós, por acaso, notamos uma mudança na penugem por cima do lábio superior.

sábado, 29 de agosto de 2009

" Questionamento evolutivo"

De visita ao blog de campanha do dr pinto, deparo, a certa altura com um momento ZEN, neste fragmento, onde o sô presideinte vislumbra um programa eleitoral que “ (…) parte da realidade nacional complexa e com algumas zonas de questionamento evolutivo, para se situar numa base de avaliação, pensamento e propostas de acção que como sempre, nos propomos cumprir em alto grau de execução (…) ” Dixit

Começo por descartar a “realidade nacional complexa” e o “alto grau de execução”, mas deixa cá ver se eu entendo a restante pérola semântica. Ou melhor, a reflexão de inédita subtileza das “zonas de questionamento evolutivo” associadas a uma “base de avaliação, pensamento e propostas de acção”. Uff!
Depois dum aturado exercício interpretativo/especulativo (já lá vão 25 minutos) surgiram-me algumas pistas para decifrar o enigma:
Estará o sô presideinte, numa perspectiva Criacionista a questionar a teoria evolutiva de Darwin porque ela não aceita a existência de Deus? É uma possibilidade, até porque segundo este raciocínio; atribuir ao acaso toda a ordem perfeita e harmónico/construtiva do condomínio é um imenso disparate e um abuso. Por outro lado, este “questionamento evolutivo” pode contrariar a treta da selecção natural, que tem como consequência a sobrevivência d’outros indivíduos, também portadores de inteligência no condomínio, (era o que faltava, inteligência há só uma). É outra possibilidade.
Ou será, porventura, um “questionamento” que o dr pinto descobriu quando se pôs a analisar outras dimensões para além da realidade? Por exemplo: aquelas arengas da Microsoft e da fábrica virtual de aviões, mais outras tretas em forma de promessas de que já aqui demos conta. Às tantas...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A ponte que encurta distâncias

Este documentário de 2006 sobre a Golden Gate Bridge, suscitou grande polémica na época, devido ao número elevado de saltos letais, com quedas na água a uma velocidade de 120 km/h, quase sempre fatais. Uma ponte que encurta a distância entre a vida e a morte.Voltaremos a este tema por alturas de 6 de Setembro para abordarmos a "suicidal bridge"

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Outras empresas

Depois da tirada infeliz em prol do ensino superior no Fundão, o candidato do PS vem agora propor o fim das empresas municipais na terra da cereja. Parece-nos uma ideia inteligente. Há quem considere as empresas municipais autênticos arquipélagos de compadrio, clientelismo e despesismo. São uns exagerados.
Também há outros que acusam as empresas municipais de estar para as Câmaras, tal como as empresas públicas estão para os Governos, razão pela qual se mantêm. Sendo certo que quem governa, não tem verdadeiro interesse em acabar com elas.
Nós aqui pelo condomínio da Covilhã, por acaso, nem sabemos se existem empresas municipais; quem as administra, qual o trabalho que desenvolvem, ou que contas tem para apresentar.

Comentário de um leitor:

O circo está montado : A AGS - do grupo Somague - está á venda. Sim, essa que detém 49 por cento das Águas da Covilhã (AdC) e não mete lá [na ADC] "nem mais um tostão". Ou a Câmara da Covilhã injecta o dinheiro que não há para obras ou temos o burro nas couves. Na AdC há mais de uma centena de funcionários - uma centena, sim mais de cem - com guia de marcha para a Câmara da Covilhã ou para a reforma após o forró eleitoral. Aos preocupados peço que Registem, aos troll's do costume que desmintam e demonstrem que o que escrevo aqui não corresponde á realidade que está na gaveta e pronta a saltar após 11 de Outubro.

Da trampa

Aristófanes em As Rãs refere os que observam o mundo através do olho do cu. Ora, este parece ser o olho clínico de muita gente. Mas não é sobre isso que me apetece falar hoje.

O momento pré eleitoral no condomínio não anda muito efusivo, mas traz-me quase sempre à memória, aquele genero de pessoas que adoram mentir. Quando se tem em conta os atributos do mentiroso para a falácia e para a megalomania, constata-se facilmente que, ao mentirem, há sempre alguém que os topa; apesar de construírem histórias grandiosas, com detalhes minuciosos e nomes pomposos, onde não faltam viagens ao estranho mundo dos gambuzinos.
Todas as tretas contribuem, d’uma forma ou d’outra para o engrandecimento da mentira, numa catadupa de oferendas aparentemente verdadeiras.Também é verdade que os basbaques aceitam a mentira, como quem aceita um presente de Natal igual ao do ano anterior; é-lhes completamente indiferente, porque no enunciar das palavras daquele que mente, há um estilo aparentemente sério, e ao espalhafatoso desempenho gestual vem quase sempre acoplada uma toada irónica, que apesar de iludir a verdade torna a mentira verdadeira. Isto é, há muita gente que mente num estado de consciência plena, e fazem-no quase sempre com os idiotas preferenciais; trata-se, no meu ponto de vista, de um caso patológico, pois mentir, faz parte de um dos seus mais acostumados jogos de palavras. Creio, no entanto, que o exercício da mentira não é para todos, será na melhor das hipóteses para muito poucos; pois enganar é um privilégio de quem possui apenas uma memória prodigiosa de engodos, porque de qualquer qualidade pode carecer o mentiroso, menos dessa capacidade de recordar o detalhe, dessa mentira que desejam passar para a história. Mentir não é sequer uma arte, nem engloba qualquer ciência. Será, seguramente, um vício. Ora, o engodo, não passa de uma manobra de diversão mental, que demonstra a capacidade de alguns indivíduos desconstruírem o mundo dos outros e, ao mesmo tempo, manterem viva a propagação de algumas ficções, sem isto, a realidade, per si, tornar-se-ia insuportável para esta gente.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Miau

Santos na frontaria

Um dos sonhos do sô padre da Erada, era colocar na frontaria da igreja matriz as imagens de São Pedro e São Paulo. Pelos vistos, um sonho que já foi concretizado.
Nós tambem disponibilizamos, caso interessem à paróquia, mais estes dois:

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Olhares com futuro

Com o festim autárquico na mira, já se topa a "agitprop” camarária, a elaborar mais um projecto de progresso da "idade de ouro", d’uma Covilhã que merecia ter um futuro e um rumo. Mas não tem. Enquanto a realidade e a ficção se vão misturando, a Administração vai dando lustro à sua base social d’apoio: a terceira idade, que constitui quase 70% dos votantes no condomínio covilhaneinse. Sem acesso aos sofisticados meios tecnológicos, twitter/facebook, mas potenciais consumidores de publicidade enganosa em papel couché.

Nem a propósito, o caro leitor tem à disposição numa caixa de correio perto de si, uma brochura intitulada: “Um olhar atento a quem precisa”, que não passa d’um descarado panfleto da propaganda do regime, onde se oferece quase tudo, sem custos para o utilizador; desde viagens ao Vaticano até às matinés dançantes com bolos para tolos. Pelo meio ainda se apanha um patrocionozito da RUDE.
Só faltou uma ciclovia do futuro. Lá irão. Maibom!

Ela anda por aí

Depois de ter acumulado nos últimos tempos, algumas benesses do poder central, a “pérfida” Castelo Branco, concentra também o novo centro de saúde para todo o distrito de atendimento para a Gripe A Segundo um jornal da capital de distrito, já existem 5 pessoas infectadas com o vírus H1N1 na Covilhã e Castelo Branco. Estranho é que, passado este tempo, continue a ser apenas o CHCB, a única instituição pública na região a ter um plano de contingência para o H1N1.
Alguem anda distraído com a saúde dos indigenas no condominio.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Da propaganda

Se há alguma novidade neste fim de estio, é a colagem do dr pinto e do humilde servidor Pereira em Outdoors e redes sociais (twitter facebook & afins). Parece que já estamos a vê-los anunciar, sem se rirem, a discussão de ideias e projectos luminosos pró futuro do condomínio, numa espécie de devir promissor para embalar os gentios.
Não há pachorra para tanto charme retórico/tecnológico, mas é verdade que ainda surte algum efeito em meia dúzia de basbaques desprevenidos. A julgar pelo vazio das frases nos Outdoors, não tarda nada, começamos a assistir à glorificação da idiotice como elemento central do discurso político. Se é para isso mais vale ficarem em casa a curtir a gripe porcina. Cá estaremos prá festa.

Ora, mesmo sabendo, que os cartazes e redes sociais não contém os programas partidários, estranhamos a subalternização a que, tanto o BE como a CDU estão a votar a pré campanha autárquica na Covilhã, pois não há vestígios deles. É um mau sintoma. Ou será que ainda não estão criadas as históricas “condições objectivas”? Se calhar, há outras coisas fundamentais! Bom, nesta altura, não sendo as vindimas, só vislumbramos a eleição do pai natal em Dezembro.

(omitimos, ostensivamente o CDS-PP, pela sua irrelevância eleitoral no condominio)

sábado, 22 de agosto de 2009

Outros destinos

Na costumeira croniqueta do JF, MSR o ficcionista erótico, deambula pelas artérias da urbe, qual Cesário Verde, num exercicio contemplativo de levar qualquer incauto às lágrimas. A pena escorregadia do escriba, espraia-se numa interessante especulação romântica, direccionada, sobretudo, para a arte de passear no condomínio e para a estética pós moderna covilhaneinse. É o destino senhores.
Não há prosa de MSR, onde não se descubra o seu esforço para lavar a imagem decadente do condomínio e respectivo Administrador, sempre transfigurados pela retórica salvífica e paradisíaca. Ou não fosse sobejamente conhecida a apetência do avençado para a pulsão bajuladora. De tal forma que, onde o transeunte ocasional vê um local kitsch, o autor de “Os três seios de novelia”, descobre numa espécie de arroto semântico, a elegância pueril no Rossio do Rato, qual Éden: lugar encantatório perdido na mais fina e tradicional azulejaria doméstica, onde apenas falta o urinol de Duchamps. Um sonho.
Lá vai ele, percorrendo a cenografia refrescante e envolvente da Goldra, apontando os detalhes épicos desse inolvidável espectáculo paisagístico que deslumbra pelo vazio.
È bonito e quase nos comove. Mas é também a confirmação da sua prodigiosa "langue de bois" em versão nocturna. O picaresco observador não poderia estar melhor neste passeio, desinteressado, em prol da urbanidade politicamente correcta, essa "putain respectueuse", como diria Sartre.
Assim de repente, (embora isto nada tenha a ver com o que acabo de escrever), chegou-me à memória Alçada Baptista, que apesar de em determinado momento, a chama se ter apagado, o vento mudado e os amigos eclipsado, manteve uma independência pessoal, digna de realce na tuga pátria de cobardias, pedinchices e conveniências.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Um bom exemplo

Um pedaço da serra da Estrela em plena Amadora, eis como alguns metros quadrados de material sintetico, oferecem uma pista de ski e snowboard onde a neve artificial foi substituída por um tapete com pequenos jactos que borrifam água à superfície. Uma aposta com sucesso garantido, que não é assim tão original, e que faria todo o sentido em qualquer encosta abandonada no condomínio da Covilhã. Segundo os responsáveis, espaços similares estão a evoluir em países como a Suiça, porque tem custos muito baixos em termos de manutenção. Nós por cá, também temos uma coisa assim do género, num lugar inóspito, ali numa encosta de Manteigas, às moscas durante grande parte do ano.
Deixamos esta ideia de borla, à apreciação dos amanuenses do condominio.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O tribunal vai a seguir...

O número circense que o dr pinto anda a fazer pela alegada falta de pagamento das rendas da Domus Iustitiae, já resultou na perda dos serviços prisionais da Covilhã, e respectivos postos de trabalho. Situação que pode ser invertida, segundo ELE, caso a Manela ganhe as eleições. O HOMEM continua a acreditar no Pai Natal.
Voltando ao assunto: sabe-se agora, que está eminente a perda da sede do tribunal do concelho.
Alguém anda ou quer tramar a Covilhã.

Repare-se no carriço..como reage.

Sugestão para romão.

Magicamos como ajudar o romão a ilustrar a torrente na inauguração da sede.

Encontramos nos nossos artigos, esta que poderia ajudar.

Pois é!

É de facto o largo 5 de Outubro e uma inauguração. Mas o soldado é desconhecido e data de 1922.

Bons tempos!! tempos em que havia gente na covilhã!!

Com um bocadinho de esforço, pode ser que passe.

Criar onda? Sem o pessoal acreditar? Cheira a falso.

Pinto bem quer criar uma imagem de movimento, crescendo em torno da sua candidatura.

Fazer ondas sem agua, só na piscina praia.

Com as pessoas é possível, mas elas têm que querer, não parece ser o caso na candidatura de pinto.

Depois da barracada do arroz de pato, nem o pessoal da terceira idade, está disposto a fazer ondas.

Pinto acredita mais uma vez que ele vale por si.

Não precisa do PSD, nem precisa de pessoas que pensem.

A seu lado vegetam, verdadeiros parasitas sociais, maus exemplos, sem ideias, incapazes de ajudá-lo a encher a sede, muito menos uma praça, que em outras apresentações de candidatura seria pequena.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Mais um processo...contra pinto.


A oposição ao regime pintista, manteve um silêncio ruidoso e duradouro, durante vários anos, aparece agora a mover mais processos contra o dr.Pinto, logo contra quem!
Utilizar o argumento da utilização dos contactos do cartão municipal do idoso para mais um processo em tribunal contra o dr. Pinto?
-“Alguém dará credibilidade a isso?” Dirão alguns propagandistas da luminária.
-“Ora, se foi ele que criou o cartão, não terá ele o direito a usar os nomes do pessoal?”
Mais, continuam, “se não deram autorização foi um lapso”. Bastava, uma certa animadora do chá e biscoitos, ou mesmo num almocito, mandar assinar uma declaração, mesmo esperando um aumento da reforma, e estaria o problema resolvido.
-“Estais muito enganados. O pinto é que se assusta com isso?”
Já em 2005 tentaram," a mesma manobra”, ainda corre o processo no tribunal. Se assim é, já o homem terá cartão do idoso quando houver decisão.
-"E, não tenhais duvida, qualquer citação ou notificação, terá o destino da outra da quinta do freixo", (o homenzinho lá tem a coisa parada, mas o problema também não é do pinto), cesto.
E, mais ainda! Se ele se sentir ameaçado ou constrangido, não voltará ás sessões de câmara até final do próximo mandato (já não precisa, este mandato será para fazer o caixa), e se tal, volta a pedir a intervenção do PGR.
Bom! Façam lá o vosso trabalhinho, mostrem lá o que gostariam de fazer para se entreter na câmara, na certeza de que não têm qualquer hipótese.
Como dizia o outro, “7 a 2, não há lugar para vós”.

Promessas 5 estrelas

Continuamos a passar em revista a colecção de promessas por cumprir desta Administração, disponiveis em anteriores programas eleitorais do PSD Covilhã. Deixamos o rol de incumprimentos à atenção dos leitores e respectiva oposição;

Centro da Juventude. Estádio Municipal de Futebol. Pavilhão Desportivo Polivalente. Novo Cemitério da Covilhã. Funicular do Largo de São João de Malta. Renovação do Parque Alexandre Aibéo(Jardim botânico). Via periférica à Cidade. Zona de jogo e Casino da Covilhã. Centro de Artes da Covilhã. Estação Intermodal da CP-Gare Ferroviária e zona envolvente. Zona Industrial do Teixoso. Ligação Rotunda do Rato/Rua da Saudade.
Outras fantasias: Covilhã Capital da Cultura e Capital do Teatro. Festival Internacional de Cinema, Museu na zona do Castelo. Parque de desportos radicais, piscinas aquecidas em Vales do Rio, Teixoso, Tortosendo e Vila do Carvalho. Teleférico entre a Central de Camionagem e o centro da cidade. Construção do novo mercado na antiga garagem de São Cristóvão...
E mais, muito mais mentiras 5 estrelas, num condomínio perto de si. Lá iremos

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O condomínio pode ficar sem água

O costumeiro aviso de que as barragens da região só tem água até ao fim do verão, pode querer dizer, que se os condóminos covilhaneinses apanharem um Setembro seco, (o que não tem acontecido nos últimos anos), correm o sério risco de ficarem privados do precioso liquido.
Ora, este aviso, traz à memória a colecção de mentiras, de que nós já aqui demos conta, e que se foram avolumando durante os 12 anos de vigência do pintismo estrutural. Sendo certo que a nova barragem das Penhas, mais as designadas obras estruturantes ficaram todas, sem excepção, pelo caminho. Lá iremos.
Façamos, mais uma vez, um breve exercício de memória:
O projecto, se bem nos recordamos, previa a criação de uma albufeira na Ribeira das Cortes, perto das Penhas da Saúde, com 42 metros de altura e capacidade para armazenar dois milhões e 200 mil metros cúbicos de água. Era muita auguinha.
Na época, Luís Barreiros, contabilista do condomínio, explicava que "o vencedor do concurso iria construir a barragem e em contrapartida explorar todas as suas vertentes, nomeadamente o abastecimento de água e a produção de energia eléctrica". E adiantava: "Mesmo que o processo e as obras decorram à velocidade máxima, a albufeira levará pelo menos mais cinco anos até estar pronta a ser utilizada" concluiu. Pois.
Bom, mas as aleivosias aquíferas, não ficaram por aqui, e somaram-se umas atrás d’outras. Então não é que depois de tanto bramir contra a discriminação do governo na aprovação de projectos para o concelho, a administração do condominio deixou passar uma licença que tinha validade até Setembro de 2008 para a construção da nova Barragem na Serra da Estrela.
Ah pois foi!
Pior ainda: foi pedida uma prorrogação e faltavam documentos.

Pois é.
E a Barragem?

domingo, 16 de agosto de 2009

A ultima procissão do santo pinto.

Conhecidos os nomes dos carregadores do andor de pinto, na sua ultima provável procissão nesta paróquia, justifica-se o enaltecimento merecido pela disponibilidade e sentido de missão que cada um colocou neste desafio.
Porem, não se consegue vislumbrar vida fácil. Não sabemos se algum pensou na difícil tarefa que se avizinha. O agora santo pinto, com a obrigação de prestar contas, fez o que fez, num mandato que nada terá a perder assumirá o pior de si, arrogando-se o direito da barbárie contra quem e quando quiser.
A própria lista é um indício dessa catástrofe. A mentira é uma necessidade constante e presente na atitude do despótico líder. Começar por apresentar uma renovação fictícia, pelo contrário redutora e reduzida das escolhas, era escusado. Ninguém estava à espera. O círculo de crentes é reduzido. E a tarefa de renovar seria essencial, para trazer credibilidade á capacidade de travar o seu ímpeto agressivo de delírios inquisidores e persecutórios, promovendo a inimigo, simplesmente por não dar cobertura aos seus dislates.
Pelo contrário, disfarçar o seu actual vice-presidente no quarto lugar da lista, adivinha humilhação, falta de consideração e castigo, adequado à necessidade do reconhecimento da voz do dono. Para não falar, na despromoção de rosa e barreiros, que obviamente aceitariam qualquer migalha que assegure as suas fracas ambições de mordomias e reconhecimento social.
A inclusão de farromba e do chefe de gabinete, reforça a suspeita de que não seria conveniente, nem necessário, sair do gabinete para fazer a lista “ideal”. Enfraquece a parkurbis, que vê assumida a subjugação ao poder de pinto, toda a sua actividade.
Não serve, a justificação de que existe a possibilidade de perder, e como tal, recuperar ex combatentes ferozes, conhecedores dos métodos mais horrendos de fazer oposição, não faz qualquer sentido.
Talvez sobre a favor da renovação, a lista da AM.
Ainda assim, presenteadora de lugares, a insatisfeitos afastados, ameaça a qualquer tempo da magnânime influência do maioral. Figuras ligadas a situações dúbias no passado recente da vida das instituições covilhanenses, como é o caso da UBI, da Adega, da Associação Comercial, do STAL etc., cujas relações com pinto merecerão especial atenção em comentários futuros.
Por agora em FRENTE!!!


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Apertem-me as mamas....

Clarinho com'ó tinto...

Procuramos homens de coragem com cara destapada, discurso claro e coerente.
Encontramos o homem, cuja comissão politica substituiu, não se percebeu porquê.
Abandona, porque não quer estar na lista, com a qual concede? É estranho!
Cá para nós o homem que espreita, traz mensagem do chefe.
- Não vais e pronto!! Logo se arranja outra coisinha, ou levas c'um punteiro...
-“Óbrigadinho pela promoção oh marmanjos!!! 7 a 2 e mais nada. Dá cá mais um tintinho!!!”



Da série "politica de verdade"

Em época de arraial eleitoral, a Administração ressuscita o costumeiro engodo chamado partido da Covilhã; espécie de maquilhagem ou avatar de circunstância, que dá um jeito do catano para branquear o desactivado PSD local. Trata-se de mais um produto tóxico/fantasioso, retirado do velho baú bafiento do dr pinto para ludibriar os basbaques.
Os condóminos, militantes e simpatizantes do PSD mereciam mais respeito por parte desta gente.

Segue-se a lista dos amanuenses candidatos com o consentimento da Manela:

Luís Fiadeiro, Filomena Gomes. Depois vem o inefável João Esgalhado mais o luminoso Luís Barreiros, e o culto Paulo Rosa e ainda, Sara Rodrigues, jurista no Hospital da Covilhã; Pedro Silva; Isabel Fael, presidente da escola Campos Melo; Pedro Farromba, director executivo do Parkurbis; Eugénia Santos Silva, médica no hospital. Do elenco da Câmara eleita em 2005 sai Vítor Marques que irá para a AM em quinto lugar.

Para a AM encabeçada pelo dr Abreu destaca-se a presença de Mário Raposo, anterior vice-reitor da UBI; Francisco Moreira, antigo presidente do STAL; Artur Aleixo, empresário; Alice Garcia, animadora cultural; Lurdes Lourenço, professora; Jorge Saraiva, ex-candidato à Associação Empresarial; Merícia Passos, professora do secundário; Matos Soares, presidente da Adega da Covilhã; e Jorge Gaiolas, coronel aposentado antigo comandante da GNR. David Silva surge na 12.ª posição.

A lista conheci-a através do paladino Romão aqui

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Estranho silencio…será verdade?

Termina o prazo de apresentação de candidaturas ás eleições autárquicas de Outubro.
È estranho o silêncio e secretismo mantido em torno das pessoas integrantes das listas. Será medo da blogoesfera? Ou simplesmente falta de respeito pelos eleitores, cujo atestado de menoridade, passa por ter de comer e aceitar o que lhe vão oferecer e não reclamar?
Por cá, existe ainda um enigma relativo a um partido, repare-se, um partido político da nossa praça que se desconhece tudo.
Dizem-nos que pode ser a grande cartada, disfarçada de medo e pânico, do partido da Covilhã.
Pinto, concedendo uns lugarzitos ou simplesmente anulando a candidatura do CDS, poderá contar com o eleitorado de direita?
Será verdade?

O mar aqui tão perto


O mais recente estudo científico sobre alterações climáticas (e não climatérico que diz respeito ao período de menopausa da mulher), assegura que a auguinha, por esta altura do campeonato (2093), esteja um bocadito mais acima do que o previsto; não se trata apenas da variabilidade cíclica e complexa do clima, porque a presença de CO2 na atmosfera, ultrapassa perigosamente os níveis desejados, aproximando-se de CO3, que é como quem diz: inunda já as bordinhas do condomínio covilhaneinse, tendo também submergido, para o contentamento geral, a “pérfida” capital de distrito.
Assim, neste período de aquecimento global efectivo, após o desaparecimento por submersão de todo o litoral português e também allgarvio, o destino preferido de férias dos indigenas tugas, transita para a costa do condominio da Covilhã, com praias de areia rugosa, uma forte componente de iodo, e resorts qb.
Qual piscina praia qual quê! O condomínio tem finalmente o mar em todo o seu esplendor.
A chegada do Mar à Covilhã, e a continua subida da auguinha, por efeito do aquecimento global de natureza antropogénica, tem levado muitos basbaques, a treinos intensivos com exercícios anfíbios para adaptação às novas guelras.
Pelos vistos, o futuro, se houver futuro, vai meter muita água no condomínio.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Urinóis

Há quem diga que urinar em espaços públicos tem realmente associado um enorme prazer. Ora, mijar na parede da Administração do condominio é um acto livre de obstáculos a qualquer hora do dia ou da noite. Trata-se d’uma atitude estética sobre a vida numa das suas mais ordinárias manifestações. Nem vale a pena falar da urbanidade dos comportamentos para que não nos acusem de moralistas. Mas o espaço que a foto ilustra está transformado num enorme mijatório municipal. Ou seja: o urinol como incontestável ex-libris no centro da cidade, marcado pela excelência da sua arte pública em forma de mijo.

domingo, 9 de agosto de 2009

O inusitado caso do tribunal e da cadeia

Depois de tanto alarido nos telejornais e na imprensa domestica, sobre a utilização do tribunal e a cadeia da Covilhã, ( a encerrar brevemente) e depois do folclore da Administração do condomínio, que até interpôs uma acção de despejo contra o Estado Português. Sabe-se agora que, o ministério da justiça utiliza os edifícios do Tribunal e da cadeia da Covilhã, como tantos outros imóveis pertencentes a autarquias, ao abrigo da legislação em vigor. Ou seja, não existe enquadramento legal para satisfazer o pedido da câmara da Covilhã. Um fartote

sábado, 8 de agosto de 2009

Ainda os blogues

Muito haveria para dizer acerca da blogosfera da Covilhã, da sua breve história, ou do anonimato e afins, mas não temos tempo.

Uma coisa parece hoje certa, o papel dos blogues como o carpinteira, Gremio ou o cantaro zangado, para não citar outros, desenvolve-se precisamente neste ambiente d’uma cidade de província, onde existe um culto quase messiânico do líder, em que cada vez há mais gente a engrossar a fileira da ignorância e do atavismo, a par d’uns quantos acólitos; treinados bem na lógica dos ensinamentos do Chefe, ajudados por outros tantos bufos, que perseguem, impiedosamente, todos os que ousem levantar a voz contra o status quo. Esta é a cidade que temos, revelando que a Covilhã não possui uma cultura pública democrática e que o próprio poder tem, afinal, medo da liberdade.
Como diria o outro: já nos deveríamos ter habituado.
Temos, assim, uma espécie de ideologia instalada, que incita à idiotia, à credulidade e à perseguição, ornamentada por uma trupe que domina o expediente a seu bel-prazer, mas que se borra de medo de perder o acesso à teta garantida pelo poder amiguista.
Os blogues são, neste contexto, cada vez mais um incómodo para Administração do condomínio, alimentada por uma nomenklatura, que pelos vistos, só a morte natural os afastará da tentação constante de pastorearem os indígenas.
É este case study que nos interessa, e que tentamos interpretar num exercício critico reflexivo, mas que por vezes deixamos nas entrelinhas, nos espaços vazios, à prova da inteligência dos leitores, sem paternalismo ou superioridade moral, para que descortinem esse sentido obscuro das coisas.
A assinatura dos posts é completamente irrelevante.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

“Máfia da cova e Carpinteira - Clandestinidades à moda da Covilhã"

“Há alguns dias, em conversa com um jovem lamentava o tom anónimo e clandestino de dois Blogs que escrevem sobre a Covilhã: Mafia da Cova e Carpinteira. Respondeu-me o meu interlocutor literalmente que há uma geração que não tem condições para assumir o que diz e sofrer as represálias equivalentes. E isso - o medo das represálias (leia-se o negócio preterido, o emprego recusado)- seriam motivos que justificariam a atitude clandestina e anónima dos fautores deste Blogues
(…)
Porém, por princípio, sou contra a escrita que não assume uma assinatura seja ela individual ou colectiva. Até pelos riscos que esse tipo de circunstância quando a matéria é a actualidade
(…)
E não posso deixar de me interrogar: que condições são estas que fazem com que a opinião e a crítica sejam sobretudo anónimas? Que condições são estas que alimentam o receio?(…)A dimensão do fenómeno, a quantidade de leitores e comentadores envolvidos neste fenómeno anónimo faz-nos pensar nas condições de democracia e de liberdade de imprensa na esfera pública covilhanense.”

(Excerto retirado do mafiadacova)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Um polo universitário no quintal

O candidato do PS à Câmara do Fundão, continua a insistir descaradamente num pólo universitário lá no quintalito da Cova da Beira, como quem reclama uma espécie de empreendimento turístico com o patrocínio exclusivo da UBI. Como se não bastasse o mau exemplo dos anos oitenta e noventa, altura em que se reproduziram politécnicos como coelhos, quando se deviam implementar escolas profissionais, num país carente de mão de obra qualificada. A verdade é que pouco tempo depois, chegou-se à conclusão que a maior parte dos ditos "pólos" nem 50% das vagas conseguiam preencher. Alguém está a confundir uma universidade com as barracas do mercado do Fundão, montadas durante o período festivo, e desmontadas depois das festas acabarem.
Por certo, o candidato teve um momento infeliz, mas como a realidade tem sempre mais força do que a imaginação, ela acaba por vir ao de cima. Aliás, o actual Magnifico não esteve pelos ajustes e já inviabilizou o dislate. Vinha mesmo a calhar, como proposta eleitoral, um polozito universitário para a procriação de agentes de turismo num meio rural, cuja vocação agrária perdura desde os primórdios da nacionalidade. Haja pachorra.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

“Covilhã solar” é o que está a dar

A silly season no condomínio está a transbordar de ideias luminosas. É vê-las rebolar num corrupio de sinecuras para apascentar a manada. Depois da tirada genial do P. Rosa acerca da importância do SOL na piscina, chegou a vez do ardente vereador Esgalhado, descobrir mais uma fabulosa arenga prós condóminos: O “Covilhã Solar”, que segundo o vereador das aparências e fogos de artifício, vai permitir às famílias covilhaneinses, instalar o equipamento, que custa uns irrelevantes 30 mil euros. Maibom!
E ainda acrescenta que “vai reduzir a conta da energia no final do mês e aumentar, a médio prazo, os rendimentos familiares”.
É para rir.
Ó sô vereador, com tanta solina, o senhor ainda apanha uma insolação!

Quem é este senhor?

Se o caro leitor tem por hábito votar no PSD, apresentamos-lhe o cabeça de lista do seu partido no distrito de Castelo Branco, escolhido nos Açores pela dotora Manela; logo, um profundo conhecedor do condomínio beirão, até porque o isolamento e a pobreza andam sempre de mãos dadas.
Saiba, portanto, quem vai eleger, e oiça sempre a Manela, porque ela também o ouve a si caro leitor. Ou não?:

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Outros efeitos

A propósito desta estirpe suina, o público intitula hoje : "Gripe A H1N1: 342 pessoas infectadas três meses depois do primeiro caso em Portugal", como se todas as pessoas que contrairam o virus, ainda se encontrassem em convalescença. É o alarmismo irresponsável no seu esplendor. Sendo certo também, que nas instituições públicas da Covilhã, a única que possui um plano de contingência é o CHCB.

Um lugar ao sol, diz o sô vereador

Hoje vinha para falar sobre os estudos económicos de custo-benefício nas obras que a Administração planta no condomínio. Mas as queixas da falta de sombras dos utentes na piscina praia, deram-me a volta ao texto, e de caminho repesquei aqui, uma tirada de génio do caloroso Paulo Rosa, ao afirmar, sem se rir, que: “não faz sentido exigir sombras numa piscina, que é um lugar de sol”.
Repita lá outra vez, ó sô vereador ?

É uma pena...

A perda de um deputado nas eleições legislativas de 27 de Setembro no "distrito de Castelo Branco" é lamentável.
É a democracia de proximidade que fica em causa, pois são estes dignos representantes dos gentios, imbuídos do doméstico espírito de sacrifício, que impediram o “distrito” de descolar da civilização.

Os eleitores e a população em geral, apesar de não o conhecerem, vão sentir a falta de mais um servidor da res publicae, mas principalmente da devoção sublime de menos um incansável paladino d’entre Tejo e Estrela.
Bom, exclua-se a retórica parda, e o ataque gratuito aos deputados da nação, e faça o estimado leitor um breve exercício de memória:
Alguma vez ouviu falar numa deputada Hortense representante dos indígenas beirões lá pelo espaço monacal da assembleia? E o silencioso deputado do PSD, quem é ?
O que fez em prol dos indígenas?

A falta que nos vai fazer um deputado! Quem é que não tem orgulho em gente assim?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A Covilhã não vê a Volta

A Volta a Portugal em bicicleta regressa este ano à estrada de 5 a 16 de Agosto, vai ter passagem em todas as cidades da beira interior com excepção da Covilhã, vá lá saber-se porquê?!
Quer isto dizer que a mítica etapa de montanha: Covilhã-Penhas-Torre, fica mais uma vez fora da volta a Portugal, privando milhares de adeptos da Covilhã de verem os ciclistas escalar aquela que é considerada a subida mais espectacular do país.
Parece que administração do condomínio covilhanense, que nem uma ciclovia conseguiu construir em 16 anos de regência, não gosta muito de ciclismo, prontos.
São feitios.

Calendários

A ligação carnal entre a arte e a pornografia foi provavelmente, estabelecida pelo célebre quadro"A origem do mundo de Gustav Courbet. Estávamos, no entanto, longe de imaginar, que o autor do blog covilha maior (donde retirámos a imagem) tinha esta impressionante sensibilidade para o nu artístico, mas também a capacidade de descobrir num calendário de camionista, uma púbis envergonhada sem a presença totalizante e descarada da vulva, o que nos mostra, ao invés de Courbet, como a arte e a pornografia podem ser convergentes.

Certamente haverá algumas diferenças conceptuais entre o nu de Courbet e esta imagem; desde o estilo à perspectiva, mas o nu do calendário produz um detalhe singular que o afasta qualitativamente da vulva de Courbet: a semi vagina, consequência, por certo, de uma concepção lúdica da sexualidade, que o autor do blog tem vindo a divulgar sem pecado.
Ao contrário do pintor de "A origem do mundo", o ponto de vista no calendário, obriga a centrar o olhar na zona púbica. Ali, está um verdadeiro objecto parcial que captura e turva a vista de qualquer basbaque. Repare caro leitor, como a visão sobre o corpinho se detém na quase vagina, por baixo do umbigo, o que provoca sem dúvida, algum desassossego, intranquilidade e até um certo nervosismo contemplativo. Os braços, o piercing e os seios, são elementos preponderantes, mas supérfluos no conjunto. Nem o próprio tratamento da luz, que torna o nu assombrosamente translúcido, consegue ofuscar o triângulo púbico.
Estamos perante um belo exemplar depois do lamentável uso generalizado da gillette.
Parabens ao autor do blog p'la inteligência e aprumo estético.

domingo, 2 de agosto de 2009

A palavra com nome de povo

A sealy season, entre outras coisas, reserva-nos aquele tempo essencial para actualizarmos algumas leituras. Lembrei-me, uma vez mais, de Miguel Torga

Na sua obra, sempre preferi a prosa como pretexto para a análise do carácter humano, naquilo que ela concerne ao amor pela terra e pelo povo.
Na narrativa torguiana não importa o episódio ou a personagem particular, interessa, acima de tudo, o carácter universal; é desse modo que as personagens se destacam e movem por essas características gerais que conformam a alma humana.
A linguagem de Miguel Torga revela um conhecimenrto profundo do vocabulário rural do norte de Portugal. Os diálogos nos seus contos estão repletos de uma vivacidade que nos remetem imediatamente para uma questão concreta ou para um mundo particular. Ler torga, é escutar a vivência de um povo na sua giria linguística, onde cada coisa, cada elemento da natureza no seu real quotidiano, tem um nome próprio. Ele sabe como ninguém utilizar essa linguagem em função da beleza que vê nas gentes do povo, e na paisagem natural que lhe serve de pano de fundo.
Da sua vasta bibliografia destaco,

1936: O outro livro de Job, poesia. - 1937: A Criação do Mundo - Os dois primeiros dias. - 1940: Os Bichos. - 1941: Primeiro volume do Diário; Contos da Montanha,; Terra firme, Mar, primeira obra de teatro. - 1944: Novos Contos da Montanha